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Marketing Digital

Branding na era da coerência: quando propósito encontra entrega

24 de outubro de 2025
Tempo de leitura: 4 min

Desde que Simon Sinek apresentou seu famoso Golden Circle, a busca por propósito virou uma corrida corporativa.

Das grandes corporações às startups recém-fundadas, todo mundo quer encontrar (ou fabricar) um “porquê”.

Mas, junto com esse movimento nobre, nasceu também um fenômeno curioso: a hipocrisia do propósito.

Muitas marcas passaram a buscar um propósito “bonito”, que soe bem em campanhas e murais de escritório, como se a frase certa fosse suficiente para gerar conexão e resultado. O problema é que propósito sem entrega é só narrativa.

O insight que veio de um criativo genial

Em uma entrevista recente ao Blue Connections, do Meio & Mensagem, Marcello Serpa — um dos maiores nomes da publicidade brasileira — foi direto ao ponto.

Ele contou que, há alguns anos, os vendedores da marca Visa, cliente dele, fizeram uma pergunta simples para seus clientes: “O que você espera do seu cartão?” 

A resposta foi igualmente simples: “Que ele não falhe na hora H.”

Mais de 90% das pessoas disseram exatamente isso.

E então Serpa concluiu: “Ninguém quer salvar o planeta com o cartão de crédito.”

Esse exemplo, de uma simplicidade desarmante, escancara uma verdade que o marketing moderno parece ter esquecido: as pessoas não compram slogans, elas compram o que funciona.

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Menos discurso, mais consistência

Vivemos a era do propósito performático, em que a pressa por um discurso inspirador muitas vezes atropela o essencial: entregar valor.

De que adianta uma marca falar sobre sustentabilidade se o produto não cumpre o básico?

De que adianta uma empresa pregar empatia se o atendimento é impessoal e lento?

De que adianta defender diversidade se as lideranças seguem homogêneas?

Antes de buscar um propósito de marca, é preciso ter clareza de missão, consistência de entrega e coerência entre o que se diz e o que se faz.

Importante: Como construir um modelo de segmentação que une produto, marketing e vendas

A nova era do marketing: do “porquê” ao “como”

Propósito é importante, claro. Ele inspira, mobiliza e orienta decisões.

Mas o verdadeiro diferencial hoje está em outra camada: a execução.

Em um mercado saturado de narrativas, em que a IA tem dominado, as marcas que mais crescem são aquelas que transformam o discurso em prática e o propósito em processo.

Empresas que se destacam não apenas dizem por que existem, mas mostram como entregam valor de forma excelente e constante. O resumo é: primeiro, faça bem feito. Depois, anuncie.

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Um convite aos líderes de marketing e negócios

Antes de procurar um novo slogan, volte ao básico. Pergunte-se:

  • Estamos realmente resolvendo a dor do nosso cliente?
  • Entregamos com excelência o que prometemos?
  • Nossa narrativa é consequência da entrega ou um disfarce para a ausência dela?

O propósito é o topo da pirâmide. Mas a base, o que sustenta, é a entrega bem feita, a experiência coerente e o compromisso genuíno com quem está do outro lado.

O futuro do branding não será das marcas que gritam mais alto. Será das que fazem melhor, falam menos, com mais qualidade e originalidade e provam mais.

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