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Liderança e Gestão

O que é storytelling e seu impacto na formação de líderes

17/04/2025 15:55

Poucas habilidades são tão poderosas e, ao mesmo tempo, tão subestimadas no mundo dos negócios quanto o storytelling.

Mais do que um recurso criativo, contar histórias é uma estratégia que molda a forma como líderes se comunicam, inspiram suas equipes e constroem culturas organizacionais sólidas.

Empresas de sucesso e grandes nomes da liderança sabem que dados podem convencer, mas são as histórias que conectam.

Desde startups até gigantes como a Microsoft, o uso consciente e autêntico do storytelling transforma ambientes, fortalece vínculos e inspira mudanças reais.

Entender o que está por trás dessa arte é, portanto, um passo essencial para qualquer profissional que busca se tornar um líder influente no mercado atual. Leia mais sobre neste artigo!

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O que é storytelling?

Storytelling é a arte de estruturar e comunicar informações por meio de histórias que envolvem, cativam e conectam o público de maneira emocional e memorável.

No contexto profissional, o storytelling vai além de uma simples narrativa: ele transforma dados, experiências e aprendizados em mensagens claras e impactantes, capazes de influenciar comportamentos e decisões.

Empresas e líderes que dominam essa habilidade são capazes de criar um senso de propósito, construir cultura e engajar pessoas de forma consistente.

Significado de storytelling no contexto profissional

No ambiente corporativo, storytelling é uma ferramenta estratégica que permite ao líder transmitir ideias complexas de maneira simples e gerar identificação com o time, clientes e parceiros.

Uma narrativa bem construída não apenas informa, mas inspira e mobiliza. A comunicação deixa de ser apenas racional e passa a atuar também no campo das emoções — fator decisivo para criar engajamento e senso de pertencimento.

Diferença entre storytelling, storyteller e narrativa comum

Enquanto "storytelling" se refere ao processo de contar histórias de maneira estruturada e impactante, o "storyteller" é o profissional ou líder que domina essa técnica e sabe conduzir a narrativa de modo a gerar conexão.

Já uma narrativa comum pode simplesmente relatar fatos, sem necessariamente provocar envolvimento ou engajamento.

O storytelling se diferencia justamente por ser planejado, ter um objetivo claro e, geralmente, contar com elementos como personagens, conflito e resolução.

Tradução e origem do termo storytelling

A palavra storytelling vem do inglês e significa, literalmente, "contar histórias" ("story" = história; "telling" = contar).

Embora o termo tenha ganhado força no mundo corporativo nos últimos anos, a prática é milenar — histórias foram o principal meio de transmissão de conhecimento, cultura e valores desde as sociedades mais antigas.

A diferença é que, no mundo dos negócios, o storytelling é agora tratado como uma competência estruturada, capaz de fortalecer lideranças e marcas.

Por que storytelling é uma habilidade essencial para líderes?

Liderar vai além de delegar tarefas e controlar resultados: é sobre inspirar pessoas e criar significado. O storytelling é uma ferramenta fundamental para isso, porque transforma a comunicação em um ato de conexão emocional, que fortalece vínculos e direciona comportamentos.

Estudos da MIT Sloan mostram que líderes que utilizam narrativas autênticas e motivacionais são mais eficazes em engajar suas equipes, criar coesão e promover ambientes de confiança.

Exemplos de líderes que usam storytelling com impacto

Cynt Marshall é um exemplo poderoso de como o storytelling pode transformar culturas organizacionais.

Em 2018, ao se tornar CEO do Dallas Mavericks, ela encontrou a equipe em meio a uma investigação sobre assédio e falta de diversidade. Marshall compartilhou sua própria história, repleta de desafios como mulher negra em cargos de liderança, e incentivou os funcionários a fazerem o mesmo. Isso criou um ambiente de confiança, onde as vozes eram valorizadas.

Como resultado, a equipe implementou mudanças significativas, aumentando a diversidade na liderança: em menos de dois anos, 50% dos executivos eram mulheres e 43% eram pessoas negras.

Cynt Marshall e outros líderes mostraram que compartilhar histórias não é só inspirador, mas também essencial para construir coesão e criar culturas nas quais todos se sentem pertencentes. Esse sentimento de pertencimento é crucial também no mundo dos negócios.

Além disso, contar histórias autênticas tem um papel fundamental para fortalecer a relação entre marcas e clientes.

Não estamos falando de criar histórias fictícias ou propagandas "artificiais", mas sim de compartilhar narrativas que reflitam verdadeiramente a essência da marca, suas conquistas e até seus desafios.

Quando uma marca mostra sua vulnerabilidade ou fala sobre as pessoas reais por trás dos produtos, ela se torna mais humana, acessível e... inesquecível.

Contar histórias reais, que expõem desafios, aprendizados e vulnerabilidades, permite que líderes sejam vistos como humanos — e não como figuras inalcançáveis.

Isso constrói confiança, aproxima as pessoas e abre espaço para diálogos autênticos. Em tempos de ambientes híbridos e equipes cada vez mais diversas, o storytelling se torna um elo essencial para promover empatia e engajamento.

Como aplicar storytelling na prática de liderança

O real impacto do storytelling acontece quando o líder compreende como integrar essa técnica ao dia a dia, seja em conversas de feedback, apresentações, reuniões de alinhamento ou mesmo em comunicações estratégicas.

O segredo está em transformar experiências, desafios e resultados em histórias que inspirem ação e conexão.

Técnicas de storytelling para comunicação corporativa

No contexto corporativo, o storytelling segue uma estrutura simples e eficiente: apresentar um cenário, introduzir personagens, expor o conflito e revelar a solução.

Esse formato cria um fluxo natural de atenção e facilita a compreensão, além de reforçar a retenção da mensagem.

Empresas como a Wynn Resorts, por exemplo, utilizam histórias reais de colaboradores para reforçar valores e boas práticas no ambiente interno — prática que, segundo estudo já citado da MIT Sloan, é um dos caminhos mais eficientes para manter culturas organizacionais vivas e adaptáveis.

Modelo de storytelling para gestores

Um bom ponto de partida para líderes é usar o framework clássico do storytelling, que se estrutura em quatro passos: contexto, conflito, ação e lição.

Esse modelo ajuda a transformar situações rotineiras em narrativas que geram aprendizado e inspiração para a equipe. Além disso, alinhar a história ao propósito organizacional reforça o engajamento e a clareza de direção.

Storytelling com dados: combinando lógica e emoção

Na liderança, não basta apenas apresentar números e gráficos. Dados precisam ser humanizados.

O storytelling com dados conecta informações racionais a um enredo emocional, tornando os resultados mais compreensíveis e memoráveis. Segundo a MIT Sloan, essa abordagem amplia significativamente a capacidade de persuasão e retenção da informação, o que faz toda a diferença em reuniões de negócios e na motivação de times.

Apresentar dados como parte de uma história, contextualizando o "porquê" e o "para quê" por trás dos números, é uma prática comum em empresas que priorizam a comunicação eficaz.

Por exemplo, quando uma empresa compartilha os resultados de uma pesquisa de satisfação, pode incluir depoimentos de clientes que ilustram os dados — tornando o número mais palpável e gerando conexão emocional.

Ferramentas para aplicar storytelling com foco em dados:

Softwares de visualização, como Power BI, Tableau ou Google Data Studio, são aliados valiosos para construir narrativas visuais que reforçam a compreensão de dados.

Porém, o verdadeiro diferencial está na capacidade do líder de introduzir esses dados dentro de uma narrativa, tornando a apresentação mais próxima, clara e convincente.

Casos de sucesso com storytelling organizacional

Itaú Social

O Itaú Social, braço de investimento social do banco, utiliza o storytelling para mostrar o impacto de seus projetos na área da educação. Através de vídeos e relatos, eles compartilham histórias de crianças, jovens e educadores cujas vidas foram transformadas por meio de iniciativas de leitura, formação e apoio pedagógico.

Ao apresentar narrativas humanas e emocionantes, o Itaú Social demonstra a efetividade de seus investimentos e sensibiliza o público para a importância da educação, fortalecendo a reputação do banco como uma instituição engajada com o desenvolvimento social.

O Boticário: #MaternidadeSemJulgamentos

Em uma campanha para o Dia das Mães, O Boticário lançou um vídeo impactante que simulava um julgamento de uma mãe por suas "falhas" na maternidade. A reviravolta emocionante revelava a filha como a juíza, absolvendo a mãe e promovendo uma mensagem de acolhimento e menos julgamento em relação à maternidade.

A campanha gerou grande repercussão e engajamento emocional, sendo amplamente compartilhada e discutida. Apesar de algumas críticas, a marca alcançou um alcance significativo e se destacou em um período de alta concorrência de campanhas comemorativas.

Como contar sua trajetória de forma inspiradora

Um storytelling pessoal bem estruturado costuma ter três ingredientes fundamentais: autenticidade, vulnerabilidade e propósito.

Contar sua jornada de forma inspiradora não significa criar um enredo perfeito, mas sim mostrar os desafios que enfrentou, como lidou com eles e o que aprendeu no processo.

Isso gera conexão genuína com o time, pois as pessoas tendem a se identificar mais com líderes que se mostram humanos e acessíveis.

O caso de Cynt Marshall é um excelente exemplo: ao compartilhar abertamente suas experiências enquanto mulher negra no mundo corporativo, ela criou uma cultura organizacional mais inclusiva, inspirando outras pessoas a fazerem o mesmo — um movimento que não só aumentou o engajamento, mas transformou a cultura de uma organização inteira.

Erros comuns ao usar storytelling pessoal

Apesar do potencial de impacto, existem alguns deslizes frequentes ao aplicar storytelling pessoal:

  • Focar demais no "eu" e esquecer da conexão com o público.
  • Exagerar nos detalhes, tornando a narrativa cansativa.
  • Falta de clareza sobre a lição ou mensagem principal.

A chave é sempre se perguntar: qual valor essa história entrega para quem me ouve? O objetivo não é autopromoção, mas inspirar, ensinar e conectar.

Livros recomendados sobre storytelling e liderança

Para quem quer se aprofundar, uma leitura essencial é “Storybrand: Crie Mensagens Claras e Atraia a Atenção dos Clientes Para sua Marca”, de Donald Miller.

O livro reforça como a simplicidade e a clareza são fundamentais para que as histórias cumpram seu papel estratégico, seja no marketing ou na liderança.

Outra referência prática é o livro “Storytelling com Dados: um Guia Sobre Visualização de Dados Para Profissionais de Negócios”, de Cole Nussbaumer Knaflic, é uma leitura essencial.

Longe de ser apenas um manual técnico sobre gráficos, o livro se posiciona como um verdadeiro guia sobre como transformar números e análises em histórias visualmente claras e emocionalmente convincentes.

Como criar e treinar sua narrativa de liderança

Treinar sua narrativa envolve revisitar suas próprias experiências, identificar os momentos de transformação e estruturar essas histórias com clareza. Um bom exercício é usar o modelo:

  • Cenário: qual era o contexto?
  • Desafio: o que estava em jogo?
  • Ação: o que você ou a equipe fizeram?
  • Resultado: o que foi aprendido e conquistado?

Esse formato ajuda a organizar as ideias e garante que a história tenha começo, meio e fim — sempre com uma lição clara.

Como a Koru ajuda líderes a desenvolverem storytelling

Na Koru, acreditamos que líderes não nascem prontos — eles se desenvolvem, e o storytelling é uma das competências-chave nesse processo.

Nossos programas como o ALEAD — Imersão em Liderança são projetados para ajudar profissionais a identificarem suas próprias histórias, traduzirem aprendizados em narrativas poderosas e aplicarem essa habilidade tanto na gestão de equipes quanto em apresentações estratégicas e negociações.

Ao longo das formações, o foco é transformar histórias reais em ferramentas de inspiração e influência, criando líderes que não apenas comunicam, mas que realmente conectam. Conheça mais!

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