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Recursos Humanos

O futuro das habilidades: IA, potencial humano e aprendizado

18 de novembro de 2025
Tempo de leitura: 5 min

O trabalho mudou. E rápido. Durante anos, o potencial de um profissional foi medido pelo passado — formação, histórico, certificações, resultados. Mas a transformação acelerada impulsionada por IA generativa, automação, dados em tempo real e novos modelos organizacionais exige outro tipo de régua.

Agora, o diferencial competitivo não é mais “o que você sabe”, mas a velocidade com que você aprende, desaprende e aplica em contextos inéditos. É isso que define a nova curva de potencial no futuro do trabalho.

As habilidades mais importantes para o futuro (e por que elas mudaram)

O World Economic Forum posiciona pensamento analítico, criatividade, resiliência, flexibilidade e agilidade entre as habilidades mais críticas para 2026 e 2027. Não estamos diante de um reforço estético das chamadas “soft skills”, mas de uma mudança estrutural de performance, especialmente à medida que a inteligência artificial assume tarefas previsíveis e abre espaço para que humanos assumam funções mais complexas, adaptativas e criativas.

E as empresas sabem disso. O Workplace Learning Report 2025 indica que quase metade dos líderes de RH e Learning & Development acredita que suas equipes não possuem hoje as habilidades necessárias para executar a estratégia. Já a Gartner aponta que 85% dos executivos esperam um aumento significativo nas exigências de novas competências nos próximos três anos, puxado por IA, dados e digitalização.

A consequência é clara: 2027 não terá os mesmos cargos, e os cargos que existirem não pedirão as mesmas competências.

Perfis híbridos: tecnologia + humanas = o profissional do futuro

O mercado exige profissionais e líderes capazes de navegar entre múltiplos mundos:

  • tecnologia e gente;
  • dados e cultura;
  • análise e comunicação;
  • IA e julgamento humano.

A McKinsey mostra que cresce a demanda por habilidades tecnológicas e, simultaneamente, por habilidades sociais e cognitivas avançadas — liderança, resolução de problemas, empatia, pensamento crítico. O profissional do futuro é híbrido. E o líder que prospera combina alfabetização digital e fluência em IA com curiosidade disciplinada e adaptabilidade como hábito, não exceção.

Como medir potencial em um mundo movido pela IA e pela mudança

Se a lógica mudou, a forma de olhar talentos também precisa mudar. Alguns caminhos práticos para RH, CHROs e líderes:

1. Learning Agility (prontidão para aprender)

É hoje uma das melhores previsões de sucesso futuro. Envolve testar, explorar, questionar e transferir conhecimento entre contextos — habilidades impossíveis de automatizar e cruciais para trabalhar ao lado da IA.

2. Adjacências de habilidade

O “lado B” de cada colaborador revela mais sobre seu potencial do que seu cargo atual. Mapear habilidades próximas e rotacionar funções acelera reskilling e mantém a motivação em alta.

Leia também: O RH como orquestrador de humanos e IA com a Agentic AI

3. Half-life de skills

As habilidades têm “meia-vida”. Muitas se tornam obsoletas em poucos anos. Times de RH precisam revisar o portfólio de competências de seis em seis meses, especialmente em áreas expostas a automação e IA.

4. Mobilidade interna como desenho organizacional

Conectar aprendizado + carreira + experimentação (job crafting, trilhas, projetos reais, mentoria) reduz risco, acelera evolução e mantém talentos engajados.

Aprender para executar: o novo papel do RH na estratégia

Essa transformação não é apenas de pessoas — é do negócio. Não se trata de criar treinamentos, mas de resolver problemas críticos com base em aprendizado estruturado:

  • produtividade comercial,
  • tomada de decisão com dados,
  • velocidade de ciclo,
  • experiência do colaborador,
  • capacidade de inovar.

É por isso que o aprendizado orientado a IA e reskilling baseado em OKRs e resultados tangíveis se tornou essencial.

Em organizações complexas, liderar é lidar com o desconhecido. E, quando a resposta não existe, a habilidade mais valiosa não é o domínio técnico, e sim:

  • admitir “não sei”;
  • aprender em público;
  • navegar com intenção;
  • comunicar com clareza;
  • ajustar rota rapidamente.

Curiosidade, adaptabilidade e comunicação deixaram de ser atributos “bonitos”. São mecanismos de execução, especialmente quando a IA acelera decisões, ciclos e expectativas.

O convite final: revisem a régua. O futuro não espera

O trabalho não voltará ao ritmo de antes. As habilidades de hoje terão vida curta — e as de amanhã ainda nem estão no radar.

Por isso, líderes e RHs precisam:

  • redefinir potencial com foco em aprendizado contínuo;
  • pivotar competências com base em risco e impacto;
  • criar mobilidade interna como prática;
  • conectar reskilling a métricas reais de negócio.

Carreira deixa de ser escada e vira ecossistema inteligente. Potencial vira capacidade de atravessar o novo com método. E aprender — aprender bem, aprender rápido, aprender sempre — deixa de ser vantagem. Passa a ser estratégia.

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