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Recursos Humanos

Como medir a maturidade organizacional do RH | Koru

18/09/2025 15:30

Medir o nível de maturidade do seu time de RH é um passo essencial para entender até que ponto a área está realmente pronta para apoiar decisões estratégicas e gerar impacto na organização.

Muitas vezes o setor fica engessado em tarefas operacionais e reativasse a sensação é de que não há espaço para o estratégico porque o time é sugado pelas urgências e emergências do dia a dia. Mas será que é isso mesmo que tem gerado retrabalho, decisões lentas e perda de valor em cultura, engajamento e até resultados financeiros?

O primeiro passo para responder a essa pergunta é ter um diagnóstico claro desse cenário. Ao medir a maturidade do RH, é possível identificar os pontos fortes, mapear lacunas críticas e priorizar ações que transformam a área em um motor de crescimento sustentável.

Neste artigo, vamos explorar o conceito de maturidade organizacional, sua importância para o RH, os diferentes níveis de desenvolvimento e, principalmente, ensinar como medir e evoluir nessa jornada.

O que é maturidade organizacional

Maturidade organizacional é a capacidade de uma empresa operar de forma estruturada, previsível e orientada a resultados.

No contexto do RH, isso significa ter processos sólidos, dados confiáveis e práticas de gestão de pessoas que vão além da execução administrativa, gerando impacto estratégico em cultura, performance e crescimento.

Na prática, um RH maduro sabe usar informações sobre pessoas e negócios para apoiar decisões que vão desde a atração de talentos até a criação de novas linhas de negócio.

Ele consegue conectar estratégia, pessoas e processos de forma integrada, ajudando a organização a ser mais resiliente em momentos de incerteza.

O que são níveis de maturidade da área de RH

Maturidade, quando aplicada ao RH, reflete o quanto a área consegue entregar valor estratégico em vez de apenas atender demandas operacionais. Áreas pouco maduras lidam com tarefas urgentes, mas têm dificuldade em antecipar tendências e alinhar ações à estratégia corporativa.

Já áreas mais maduras possuem frameworks claros, uso intensivo de dados, processos padronizados e papel ativo nas decisões de negócio.

Diferença entre maturidade operacional e estratégica

O RH operacional é necessário, mas limitado: foca em folha de pagamento, recrutamento básico, admissões e demissões.

Com o aumento da maturidade, a área evolui para o RH estratégico, que analisa dados de engajamento, turnover e performance, conecta insights às metas corporativas e influencia diretamente o crescimento da organização.

Esse salto é o que separa áreas que apenas executam daquelas que geram vantagem competitiva.

Qual a importância da maturidade organizacional do RH

A maturidade do RH deixou de ser um conceito teórico para se tornar um diferencial estratégico para as empresas. Um RH maduro atua como um verdadeiro parceiro de negócios, impulsionando a eficiência e o crescimento sustentável.

De acordo com pesquisas da Deloitte (2023), empresas com um RH maduro e que utilizam People Analytics tomam decisões mais rápidas e confiáveis, reduzindo o risco de desalinhamento estratégico. Essa maturidade permite que a área forneça dados em tempo real, ajudando gestores a agir com base em fatos, e não apenas em percepções.

Além disso, a maturidade organizacional está diretamente ligada à força da cultura corporativa. Processos claros e consistentes de gestão de pessoas reforçam os valores da empresa, criam um ambiente de previsibilidade e aumentam a sensação de pertencimento dos colaboradores.

Isso se reflete no engajamento: colaboradores se sentem mais valorizados em empresas onde o RH atua de forma estratégica e estruturada.

Estudos da McKinsey mostram que empresas que aliam uma performance holística (financeira, de clientes e de talentos) com a reinvenção do negócio chegam a gerar até 4,5 vezes mais valor do que seus concorrentes.

Um RH maduro contribui diretamente para essa equação, pois consegue aumentar a produtividade e apoiar o desenvolvimento de novas habilidades, garantindo que a empresa tenha a base de talentos necessária para se reinventar e prosperar.

Quais são os níveis de maturidade do RH

Para avaliar em que ponto a sua área de Recursos Humanos se encontra, uma das referências mais utilizadas é o Capability Maturity Model (CMM).

Ele organiza a evolução da maturidade em cinco estágios progressivos, que vão de um RH reativo e operacional a um parceiro de negócio estratégico.

Nível 1 – Inicial

Neste estágio, os processos são caóticos e dependentes de esforços individuais. Há pouca ou nenhuma documentação.

O RH atua de forma reativa, sem um planejamento claro. A falta de um histórico estruturado dificulta a medição do desempenho e a tomada de decisões baseada em dados.

Nível 2 – Repetível

Aqui, processos básicos já estão estabelecidos e podem ser repetidos, mas ainda não estão padronizados em toda a empresa.

Existe uma estrutura administrativa mínima, com responsabilidades mais definidas. Embora seja possível repetir projetos com algum sucesso, a performance ainda é inconsistente e limitada.

Nível 3 – Definido

O RH neste nível já possui processos documentados e padronizados em toda a organização.

A cultura de seguir e utilizar processos comuns é forte. As melhores práticas de projetos e iniciativas começam a ser compartilhadas, criando um conhecimento coletivo.

Nível 4 – Gerenciado quantitativamente

Neste estágio, os processos de RH são medidos e controlados com base em dados. A área coleta informações de forma sistemática para gerenciar a qualidade e a eficiência.

O uso de estatísticas e indicadores robustos é comum, e existe uma forte colaboração entre as equipes para otimizar os fluxos de trabalho.

Nível 5 – Otimização

O nível mais avançado. O foco principal é a melhoria contínua dos processos.

O RH se torna proativo, utilizando dados para prever e prevenir falhas, além de usar tecnologia para evoluir suas práticas.

A área de RH atua com uma mentalidade de inovação, impulsionando a estratégia do negócio.

Como medir a maturidade organizacional do seu RH

Medir a maturidade de RH não é apenas uma formalidade, é um passo estratégico para garantir que a área atue como uma parceira de negócios.

Para isso, o processo deve ser feito de forma estruturada, em três etapas principais.

1. Avaliação de Processos e Práticas

O primeiro passo é mapear quais processos de RH já estão estruturados, documentados e padronizados.

Ferramentas de checklist podem ajudar a avaliar dimensões como recrutamento, desenvolvimento de talentos, performance, engajamento e integração com as áreas de negócio.

O primeiro passo é mapear a fundo a sua operação. Use checklists ou ferramentas de diagnóstico para avaliar a estrutura e a eficiência dos principais processos de RH, como:

  • Recrutamento e Seleção: Qual é a qualidade dos seus processos? Eles atraem os talentos certos?
  • Desenvolvimento de talentos: Existem programas de treinamento e planos de carreira claros?
  • Gestão de performance: Como a empresa avalia e gerencia o desempenho dos colaboradores?
  • Engajamento e cultura: A empresa mede o engajamento? A cultura é fortalecida ativamente?
  • Integração com as áreas de negócio: O RH atua de forma consultiva, alinhado aos objetivos estratégicos da empresa?

2. Análise com ferramentas e metodologias

Uma vez que você tenha mapeado os processos, é hora de usar ferramentas para ter uma visão mais clara. Existem diversos frameworks que podem ajudar:

  • Questionários de diagnóstico: Para coletar dados qualitativos e quantitativos sobre a percepção dos colaboradores e gestores.
  • Comparativos setoriais (Benchmarks): Para entender como a sua empresa se posiciona em relação à concorrência e às melhores práticas do mercado.
  • Análise quantitativa: Conectando indicadores de RH (turnover, engajamento, tempo de resposta) a resultados de negócio, como produtividade e lucratividade.

3. Definição de Prioridades de Evolução

Com o diagnóstico em mãos, o próximo passo é a priorização. A recomendação é começar pelos pontos mais críticos, aqueles que têm um impacto direto e mensurável no negócio.

Por exemplo, se a retenção de talentos é um problema, concentre-se em programas de desenvolvimento e engajamento.

A partir daí, defina um roadmap de evolução gradual, garantindo que cada avanço seja consolidado antes de dar o próximo passo. Isso transforma a área de RH de uma função reativa em uma parceira estratégica, capaz de gerar valor real para a empresa.

Conclusão

Medir a maturidade organizacional do RH não é apenas um exercício de diagnóstico, mas um passo estratégico para transformar a área em um verdadeiro parceiro do negócio.

Empresas que evoluem nesse caminho conseguem tomar decisões mais rápidas, construir culturas fortes e gerar impacto financeiro sustentável.

Se sua organização ainda não começou essa jornada, agora é a hora de agir, e a Koru pode ajudar através da Aceleração de RHs. Por meio de uma formação completa com os maiores profissionais do mercado, você conhece frameworks exclusivos, dados e práticas estruturadas para identificar onde você está e traçar o próximo passo.

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