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Exemplos de liderança situacional: confira como liderar com eficácia em cada contexto

Em um mundo em constante mudança, a liderança rígida e inflexível se torna cada vez mais ineficaz. Como cada caso é um caso, um líder eficaz precisa ser capaz de se adaptar às nuances para alcançar o sucesso.

É aí que entra a liderança situacional: uma abordagem flexível que reconhece que o estilo de liderança ideal varia de acordo com a situação.

Neste artigo, exploraremos exemplos inspiradores de líderes que utilizaram a liderança para superar desafios, motivar suas equipes e alcançar resultados extraordinários.

Descubra com mais profundidade no artigo:

  • Nelson Mandela uniu um país dividido: Mandela utilizou diferentes estilos de liderança para unir a África do Sul após o apartheid, inspirando confiança e promovendo a reconciliação.
  • Jack Welch impulsionou a inovação na General Electric: Welch adaptou seu estilo de liderança para criar um ambiente de alta performance e estimular a criatividade na empresa.
  • Jürgen Klopp transformou o Liverpool em um gigante do futebol: Klopp utiliza uma liderança empática e motivadora para criar um forte senso de equipe e impulsionar o sucesso do Liverpool.

Prepare-se para se inspirar com histórias de líderes que dominaram a arte da adaptação e transformaram suas equipes e organizações.

O que é liderança situacional?

A liderança situacional é um modelo de liderança que reconhece que o estilo ideal de liderança muda com a circunstância. Um líder situacional eficaz é capaz de se adaptar às necessidades específicas de cada equipe, projeto e indivíduo para alcançar o sucesso.

Principais pilares da liderança situacional:

  1. Flexibilidade: Adaptação do estilo de liderança às diferentes situações e necessidades dos liderados.
  2. Diagnóstico: Avaliação do contexto, habilidades e experiência dos liderados para determinar o estilo ideal.
  3. Orientação: Fornecimento de instruções claras, feedback e apoio aos liderados, de acordo com seu nível de maturidade.
  4. Confiança: Criação de um ambiente positivo e de confiança, onde os liderados se sintam motivados e engajados.
  5. Delegação: Atribuição de responsabilidades e autonomia aos liderados, empoderando-os para tomar decisões e agir.
  6. Desenvolvimento: Investimento no desenvolvimento das habilidades e potencial dos liderados, preparando-os para assumir novos desafios.

É bom saber: Afinal, o que diferencia um chefe de um líder? Entenda!

Quais são os tipos de liderança situacional?

Podemos citar como principais tipos de liderança situacional:

  • Liderança Diretiva: Fornece instruções claras e supervisiona de perto o trabalho dos liderados. Ideal para situações em que os liderados são inexperientes ou precisam de orientação específica;
  • Liderança Coaching: Oferece orientação e feedback, mas também incentiva a autonomia e a iniciativa dos liderados. Indicado para situações em que os liderados estão em desenvolvimento e precisam de apoio para tomar decisões;
  • Liderança Apoiadora: O líder cria um ambiente positivo e de confiança, encorajando a participação e a colaboração dos liderados. Recomendado para situações em que os liderados são experientes e motivados;
  • Liderança Delegativa: Delega responsabilidades e toma decisões em conjunto com os liderados. Mais voltado para circunstâncias em que os liderados são altamente experientes e autônomos.

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Exemplos de liderança situacional

Tudo com exemplos fica mais fácil. Confira a seguir histórias de líderes e como enfrentaram os desafios utilizando da liderança situacional.

Nelson Mandela: Unindo um país dividido

Em 1994, Nelson Mandela, ex-líder da luta armada contra o regime segregacionista do apartheid na África do Sul, assume a presidência do país. 

A nação se encontrava dilacerada por décadas de divisão racial e social, com profunda desconfiança entre os diferentes grupos étnicos. 

O desafio de Mandela era monumental: unir um país dividido e construir uma nova nação democrática e próspera. Ele, ciente da complexa situação, utilizou a liderança situacional de forma magistral para alcançar seus objetivos. 

No início de seu mandato, adotou um estilo mais diretivo, definindo uma visão clara de reconciliação e estabelecendo metas ambiciosas para a reconstrução do país. 

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Registro de Mandela ao lado da esposa após ele ter saído da prisão – AP/G1

Para garantir a participação de todos os setores da sociedade nesse processo, Mandela se aproximou de líderes negros e os orientou na construção de uma nova geração de líderes para a África do Sul.

Ao mesmo tempo, o líder sul-africano criou um ambiente de diálogo e inclusão, promovendo a participação de todos os grupos sociais na construção da nova nação. Essa postura apoiadora foi fundamental para gerar confiança e estimular o engajamento da população no processo de reconciliação.

Através da aplicação da liderança situacional, Mandela conseguiu unir o país e evitar uma guerra civil. Implementou políticas de combate à pobreza e à desigualdade, promovendo a paz e a reconciliação racial. 

A África do Sul se tornou uma nação democrática e respeitada no cenário internacional, reconhecendo o legado de Mandela como um dos líderes mais inspiradores da história.

Jack Welch: Impulsionando a inovação na General Electric

Em 1981, Jack Welch assume a liderança da General Electric (GE), uma empresa gigante que enfrentava um período de estagnação e declínio em seus resultados. 

O ambiente de negócios era altamente competitivo e exigia constante adaptação às novas tecnologias e às demandas do mercado. O desafio de Welch era transformar a GE em uma empresa líder em inovação e competitividade.

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Welch visitando uma fábrica de motores. Fonte: The New York Times

Welch visitando uma fábrica de motores. Fonte: The New York Times

Ele reconheceu a necessidade de mudança e adotou uma abordagem de liderança situacional para revitalizar a GE. No início, implementou um estilo diretivo, definindo uma visão clara de crescimento e estabelecendo metas ambiciosas para a empresa

Para impulsionar a inovação e o desempenho, Welch orientou e capacitou líderes e funcionários, investindo em sua formação e desenvolvimento profissional. Ao mesmo tempo, o líder americano criou um ambiente de trabalho aberto e colaborativo, onde a criatividade e o feedback eram valorizados. 

Essa cultura apoiadora foi fundamental para estimular o engajamento dos funcionários e a busca por soluções inovadoras para os desafios da empresa. Pensando nisso, é mais do que necessário investir em uma formação alinhada com os objetivos do seu negócio.

O momento é delicado: 86% dos colaboradores consideram sair do emprego por saúde mental, e parte da responsabilidade é da liderança despreparada.

A Formação de Líderes da Korú estuda todas as necessidades e personalidade da empresa para criar líderes conscientes e voltados para resultados. 

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Com o crescimento da GE e a necessidade de maior autonomia nas unidades de negócio, Welch delegou responsabilidades a líderes em diferentes áreas, empoderando-os para tomar decisões e agir de forma estratégica. 

Essa descentralização do poder foi essencial para aumentar a agilidade da empresa e garantir sua competitividade no mercado global.

Através da aplicação da liderança situacional, Welch transformou a GE em uma das empresas mais valiosas do mundo. Dessa forma, aumentou significativamente os lucros e a competitividade da empresa, tornando-a referência em inovação e gestão.

Jürgen Klopp: Transformando o Liverpool em um gigante do futebol 

Em 2015, Jürgen Klopp assume o comando do Liverpool Football Club, uma equipe que vivia um período de declínio e sem títulos expressivos. 

O futebol profissional é um ambiente altamente competitivo e exige constante atualização e adaptação às novas estratégias e táticas. O desafio de Klopp era reconstruir o time e transformá-lo em um dos melhores da Europa.

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Klopp sabia estimular o melhor de cada jogador. Foto: Clive Brunskill | Getty Images / Esporte News Mundo

Klopp utilizou a liderança situacional para alcançar seus objetivos. No início, adotou o estilo diretivo, definindo uma filosofia de jogo clara e estabelecendo metas ambiciosas para o Liverpool. 

Para desenvolver o potencial dos jogadores, Klopp orientou e os capacitou, aprimorando suas habilidades e conhecimento técnico. Além disso, o líder alemão criou um ambiente positivo e de união no time, valorizando o trabalho em equipe e o companheirismo. 

Através da aplicação da liderança situacional, Klopp transformou o Liverpool em um dos melhores times da Europa. Conquistou a Champions League em 2019 e a Premier League em 2020, títulos que recolocaram o Liverpool no topo do futebol mundial. A filosofia de jogo e a cultura de liderança implementadas por Klopp se tornaram referência para outros times.

Maturidade dos subordinados e estilos de liderança situacional

A liderança situacional, concebida por Paul Hersey e Kenneth Blanchard, reconhece que o estilo de liderança mais eficaz varia conforme a maturidade dos subordinados. 

Ao analisar a capacidade e motivação dos membros da equipe em relação à tarefa específica, o líder pode determinar o estilo mais apropriado.

Os níveis de maturidade a seguir com as respectivas características:

M1 (Baixa Motivação e Habilidade)

Características: Pouca experiência, baixa confiança.

Exemplos: Novos funcionários, colaboradores inexperientes.

Estilo Ideal: Diretivo.

Leia também: 5 dicas para lideranças aplicarem ainda hoje para atraírem talentos

M2 (Alta Motivação e Baixa Habilidade)

Características: Entusiasmo, falta de experiência técnica.

Exemplos: Funcionários promovidos, interessados em desenvolvimento.

Estilo Ideal: Coaching.

M3 (Baixa Motivação e Alta Habilidade)

Características: Experiência, desmotivação.

Exemplos: Funcionários experientes desmotivados.

Estilo Ideal: Apoiador.

M4 (Alta Motivação e Habilidade)

Características: Conhecimento, autoconfiança.

Exemplos: Colaboradores experientes e motivados.

Estilo Ideal: Delegativo.

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Benefícios da liderança situacional

A liderança situacional é uma filosofia que reconhece que o estilo ideal de liderança varia de acordo com o contexto, as habilidades e a experiência dos liderados.

Ao adaptar sua abordagem às diferentes necessidades, o líder situacional pode desbloquear uma série de benefícios para a equipe e para a organização como um todo.

  1. Maior produtividade e eficiência: Ao identificar o nível de maturidade de cada liderado e ajustar seu estilo de liderança, o líder situacional garante que todos estejam recebendo o direcionamento e o suporte necessários para realizar suas tarefas da maneira mais eficiente possível.
  2. Melhor desenvolvimento dos liderados: A liderança situacional não se trata apenas de alcançar resultados, mas também de investir no desenvolvimento dos liderados. Através da orientação personalizada, feedback construtivo e delegação de responsabilidades, o líder situacional cria um ambiente diverso e propício para o aprendizado e o crescimento profissional. Isso resulta em liderados mais autônomos, confiantes e capazes de tomar decisões, impulsionando o desenvolvimento da equipe como um todo.
  3. Ambiente de trabalho mais positivo: Um líder situacional cria um ambiente de trabalho positivo e motivador, onde os liderados se sentem valorizados, escutados e confiantes. Através da comunicação clara, do reconhecimento individual e da celebração do sucesso, o líder cria um clima de colaboração e respeito mútuo, reduzindo conflitos e promovendo o bem-estar da equipe.
  4. Maior adaptabilidade a mudanças: O mundo dos negócios está em constante mudança, e as equipes precisam ser capazes de se adaptar rapidamente às novas demandas e desafios. A liderança situacional prepara os liderados para lidar com a incerteza, proporcionando-lhes as habilidades e a autonomia necessárias para tomar decisões em situações complexas.
  5. Melhores resultados para a organização: A aplicação da liderança situacional se traduz em benefícios tangíveis para a organização como um todo. O aumento da produtividade, a eficiência, a qualidade do trabalho e a retenção de talentos contribuem para a conquista de melhores resultados financeiros, maior competitividade no mercado e uma imagem mais positiva da empresa.

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