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Sem crise cultural: como a Eletromidia conseguiu elevar a satisfação das lideranças e equipes

Propondo debates sobre as diferentes realidades do mercado, a empresa conseguiu em pouco teve melhora em indicadores de satisfação em pouco tempo

Sentir-se valorizado faz diferença não só para o colaborador, mas para toda empresa. Profissionais felizes podem produzir 12% mais que os declaradamente infelizes, de acordo com uma pesquisa organizada pela Universidade de Warwick, nos Estados Unidos.

Na busca por esta valorização, a primeira palavra de comando é o respeito. Respeito aos indivíduos, ao propósito da empresa e à sociedade. Estar disposto a entender as mudanças sociais e particulares cria um ambiente de diálogo essencial para boas relações profissionais que juntas chegarão ao sucesso.

A Eletromidia é uma empresa que decidiu lidar com esse cenário. Como conversar com as minorias em entrevistas de seleção sem trazer vieses inconscientes, por exemplo? Debater sobre diversidade e inclusão é um dos caminhos.

No vídeo a seguir, você acompanha como foi a capacitação da Eletromidia em parceria da Korú:

 “Sentimos a necessidade de repactuar alguns combinados com as lideranças. Há momentos em que 3 gerações diferentes estão na mesma sala de reunião”, afirma Laura Bueno Lindenberg, CPO da marca.

Debate de gerações

Para lidar com esses dilemas, é preciso fazer um dever de casa importante. Entender a realidade que a companhia está inserida, a missão e os valores, antes de transmitir a mensagem, da maneira mais clara e transparente. 

Com esta missão, a Eletromidia e a Korú construíram um plano de treinamento para lideranças, convidando, para a primeira turma, os mais jovens. “Escolhemos começar com as pessoas que estavam sentadas na cadeira de líder pela primeira vez e que nunca tinham recebido um treinamento, com grande abrangência: do administrativo ao operacional”, afirma a diretora da Eletromidia. 

“Entender que cada geração busca e valoriza coisas diferentes possibilita que a liderança consiga conciliar melhor as necessidades de cada pessoa dentro e fora do seu time”, diz Julia Longo, People and Performance Product Manager na Korú.

E, antes mesmo da conclusão da formação, os resultados já começaram a aparecer. Colaboradores mais integrados com os valores da empresa, eNPS mais alto e segunda turma já com data prevista.

Detalhamos o passo a passo desta iniciativa.

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Primeiro passo: Entender quem é a Eletromidia

Antes de construir o treinamento, foi necessário que a Eletromidia dividisse com a Korú informações importantes sobre a marca: propósito, objetivos, sobretudo, como são as pessoas que constroem a empresa no dia a dia. 

Entender a realidade de cada empresa, bem como suas crenças e objetivos, é extremamente importante para o sucesso. Não existe uma única via que leva aos bons resultados, mas ser fiel ao que se acredita, sem dúvida, é um item obrigatório nesta arquitetura. Gera um time mais forte, uma empresa mais integrada e, porque não, resultados mais expressivos. 

“Demos um banho de cultura. Contamos como são nossos processos, nossos ritos e rituais. Somos uma empresa colorida, tatuada, de tênis, flexível que acredita que ser gentil está na fala, na postura”, afirma Laura.  

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Segundo passo: Desenho do treinamento

Já no começo da construção foi possível perceber que mais do que apresentar aulas repletas de indicadores e conteúdo seria importante pensar no formato. Trazer especialistas que pudessem não só ajudar a criar boas apresentações, mas promovessem cases práticos e reflexão despertariam a atenção facilmente. Entre os tópicos destacados estavam: recrutamento, feedback, engajamento, diversidade, inclusão. 

“O nosso conteúdo é construído em cima de trocas. Para que os líderes se sintam seguros para contribuir, criamos um ambiente de segurança psicológica desde o começo, onde dúvidas e desabafos são acolhidos, ao mesmo tempo que sempre buscamos trazer soluções”, diz Juliana, da Korú.

Era necessário também que o treinamento pudesse promover boas experiências presenciais e online. Após a pandemia, a empresa adotou o regime híbrido por perceber que se ajustava mais às necessidades dos times e dos clientes. 

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Confiança e conexão

Gostamos de trabalhar na confiança, entendendo os colaboradores como adultos inteligentes capazes de tomar excelentes decisões. Não queremos ser burocráticos.

Choveu muito e o trânsito travou? Pode ficar em casa, mas será importante entender que em alguns momentos a liderança vai precisar que ele vá mais a empresa, como para o fechamento de um projeto”, diz a diretora de pessoas.

Criar boas conexões entre a teoria e a prática, com atenção nas situações vivenciadas por cada uma das lideranças. Afinal, tão importante quanto entender as realidades de cada indivíduo é poder agir com respeito, sem esperar grandes processos.

Por isso, haviam pontos que eram importantes e, já no planejamento, ganhavam pesos distintos. Algumas temáticas demandariam mais atenção, mais desdobramentos.

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Terceiro passo: execução do treinamento

Com plano executado, chegou a hora da prática. Com o mesmo olhar respeitoso, foi possível perceber que a voz da liderança seria mais um elemento importante não só para a condução das aulas, mas para a condução dos times. Cada líder tinha uma dor diferente e estava aberto para o debate.

“Houve muita troca. Como trouxemos pessoas de várias áreas, as dores eram diferentes. Para a operação, por exemplo, é difícil trazer uma mulher que atue na obra civil, em que a força bruta é necessária. No entanto, como esta liderança pode ser mais empática em trazer alguém com deficiência (surdos, mudos) para esta posição? Ao longo dos temas, cada um foi ajustando a sua realidade”, afirma Laura. 

As boas discussões deram o tom dos encontros. As lideranças queriam contribuir – ouvir, falar e apoiar. A cada novo tema, uma boa troca. Cada uma das áreas falava sobre a sua realidade e surgiu uma nova oportunidade de debate. Tal iniciativa também gerou uma valorização e uma conexão imediata com as aulas, com o programa como um todo e com a empresa, valorizando a oportunidade. 

“A taxa de presença foi bem alta, houve baixo absenteísmo nas aulas”, garante a CPO da Eletromidia, que conta que ao longo dos treinamentos recebeu muitos feedbacks positivos e motivados.

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Último passo: resultados e próximos passos

O treinamento está encerrando, mas já foi possível, em pouco tempo, colher bons resultados. A liderança se sentiu valorizada e reconheceu o investimento feito pela Eletromidia.

Além da presença massiva e do bom engajamento a cada discussão, as notas registradas nas Pesquisas de Satisfação de cada encontro foram muito altas, superando a expectativa ao aceitar a participação, sentindo-se integrados aos propósitos da empresa.

“Percebemos uma melhora no engajamento maior com ações que envolvam a temática. Em pouco tempo, já percebemos uma melhora também em vários indicadores de diversidade e inclusão. Não é uma ação isolada, vem junto com outras iniciativas de diversidade que vemos fazendo”, afirma Laura.

Com isso, Eletromidia e Korú já estão desenhando o próximo treinamento. O objetivo será repactuar a liderança um pouco mais sênior sobre o contexto que foi amadurecendo ao longo dos anos e apoiá-los a construir boas soluções diante dos desafios. Esta segunda turma também será composta por um público diversificado, atuando nas áreas de relações governamentais, marketing e operações.

“Esta flexibilidade da Korú de ajustar o treinamento de acordo com o perfil é muito importante para a gente ter um sucesso maior”, diz Laura, ressaltando a parceria.

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