As últimas décadas na nossa sociedade foram marcadas por grandes mudanças e avanços quando o assunto é diversidade – seja no mundo ou no mercado de trabalho -, um longo caminho foi percorrido.
Não vivemos, entretanto, em um mundo completamente igualitário, e um assunto cada vez mais relevante nos dias de hoje é a igualdade nas empresas, especialmente em um mundo em constante mudança e evolução.
A compreensão da importância de ter uma força de trabalho diversa e inclusiva tem crescido, mas a implementação efetiva dessas políticas ainda é um desafio para muitas organizações e gestores de todo o mundo.
Um dos principais obstáculos para alcançar a diversidade é a existência do que chamamos de vieses inconscientes, que podem passar despercebidos e sabotar os esforços de inclusão, por mais frequentes que estes sejam.
Mas o que são vieses inconscientes?
Bom, para começar, é importante destacar que vieses inconscientes são fenômenos psicológicos que acontecem de forma involuntária e muitas vezes não são percebidos pelas pessoas que os têm. Ou seja, são reflexos de comportamentos ou estruturas mentais que são tão imperceptíveis quanto enraizados em indivíduos e na sociedade.
Eles são resultado de nossas experiências passadas, crenças culturais e outros fatores que influenciam nossos pensamentos e comportamentos. Afinal de contas, um viés nada mais é do que uma tendência ou inclinação que influencia o julgamento ou a tomada de decisão e tem um enorme poder em como avaliamos situações e pessoas ou como tomamos decisões.
O grande desafio que as empresas vêm enfrentando nos últimos tempos se baseia no fato de que esses vieses podem levar a decisões equivocadas em relação à contratação, promoção, salários e outras áreas, impedindo a diversidade e inclusão na empresa por questões ideológicas, étnicas, de religião, gênero e outros aspectos identitários e sociais.
Em outras palavras, vieses inconscientes podem criar um ambiente de trabalho homogêneo e pouco acolhedor para pessoas que pertencem a grupos minoritários, impactando negativamente diferentes áreas como a criatividade, inovação e desempenho da empresa como um todo, além de ser socialmente prejudicial, se o grande objetivo é de fato mudar a sociedade e construir um ambiente que não apenas respeite as diferenças, como também as incentive.
Por este motivo, agora, mais do que nunca, as empresas precisam reconhecer a existência desses vieses e trabalhar de forma ativa para identificá-los e combatê-los. Isso inclui conscientização e treinamento dos funcionários sobre o assunto, a criação de políticas e práticas de contratação e promoção mais justas e transparentes, além do monitoramento regular do progresso na promoção da diversidade e inclusão na organização.
A implementação de políticas inclusivas é apenas o primeiro passo para o respeito à diversidade. Somente assim será possível construir uma cultura de trabalho mais justa e inclusiva, tendo a diversidade valorizada e verdadeiramente celebrada, criando ambientes de trabalho mais democráticos.