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Cinco Formas de Combater o Burnout em Lideranças

A pressão constante para atingir resultados, conciliar metas e manter uma equipe motivada faz parte do dia a dia dos líderes, mas isso muitas vezes leva a um custo alto: o Burnout em lideranças. O ritmo acelerado e a necessidade de estar sempre disponível acabam criando um ambiente de exaustão, em que as demandas são contínuas e as pausas, quase inexistentes.  

Essa realidade pode transformar líderes competentes em profissionais esgotados, distantes e menos eficazes, prejudicando não só a saúde mental de quem lidera, mas também a produtividade e a cultura da organização como um todo.  

Segundo uma pesquisa da Folha de S. Paulo, quase metade dos brasileiros se sente estressada no trabalho, e o Brasil é o segundo país com mais casos diagnosticados de Burnout no mundo.  

Mas é possível mudar esse cenário. Existem estratégias comprovadas que podem ajudar a prevenir o esgotamento e promover um equilíbrio mais saudável entre trabalho e vida pessoal, mesmo para os líderes.  

Neste artigo, apresentaremos formas eficazes de lidar com essa síndrome no ambiente de trabalho por meio dos apontamentos de Mariana Holanda, especialista em saúde integral e facilitadora internacional de Segurança Psicológica de Times. Confira!  

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A importância de combater o Burnout em lideranças  

O Burnout afeta diretamente a capacidade de um líder de gerenciar sua equipe e tomar decisões estratégicas. Quando uma pessoa gestora está esgotada, ela tende a se distanciar emocionalmente, sua eficácia diminui e a relação com a equipe se enfraquece.  

Esse impacto negativo não se limita apenas ao indivíduo — ele reverbera por toda a organização, levando a maior rotatividade, queda na produtividade e um ambiente de trabalho menos saudável.  

Quase 20% dos trabalhadores brasileiros fazem uso de medicações psicofarmacológicas para tratar questões de saúde mental, de acordo com um estudo da School of Life em parceria com a Robert Half.  

Além disso, 40% dos entrevistados relataram ter sido diagnosticados com Burnout, ansiedade ou estresse no último ano. Entre os líderes, 16% se sentem abalados, mas não buscam diagnóstico médico. Esses números evidenciam a urgência de uma abordagem eficaz para lidar com a saúde mental no ambiente profissional.    

O bem-estar das lideranças está diretamente ligado ao bem-estar dos colaboradores. Pessoas gestoras que cuidam da própria saúde mental são mais propensos a promover uma cultura de apoio e incentivo ao equilíbrio, impactando positivamente toda a equipe e criando um ambiente de trabalho que prioriza a saúde e a satisfação.  

Formas de combater o Burnout em lideranças  

Existem várias formas eficazes de prevenir e lidar com o Burnout, que envolvem tanto ações pessoais quanto mudanças culturais e organizacionais. Confira algumas delas!  

Psicoterapia e Autoconhecimento  

A psicoterapia é uma das principais ferramentas para o manejo do estresse e a prevenção do Burnout em lideranças. Segundo Mariana Holanda, “a principal ferramenta de manejo de estresse é a psicoterapia, é o autoconhecimento”.   

A psicoterapia não deve ser vista apenas como um recurso para tratar doenças, mas também como uma forma preventiva, que ajuda líderes a compreenderem melhor a si mesmos, seus limites e os fatores que desencadeiam o estresse.  

O autoconhecimento permite que os líderes reconheçam quando estão próximos do esgotamento e adotem medidas para reverter a situação antes que se torne um problema maior.  

Segurança Psicológica nas Equipes  

Fomentar um ambiente de segurança psicológica é fundamental para que os líderes possam lidar melhor com a pressão e promover uma cultura de apoio e cooperação dentro da equipe.   

Mariana destacou que “a segurança psicológica de times é uma metodologia que tem como objetivo equipes entregando performance e aprendizagem”. Esse ambiente seguro favorece a autonomia dos colaboradores, permitindo que troquem de papéis e compartilhem responsabilidades, o que reduz a sobrecarga sobre o líder. Essa troca de papéis, além de favorecer o desenvolvimento do time, reduz a pressão exclusivamente sobre o líder, criando uma dinâmica mais colaborativa.  

Flexibilidade e autonomia  

A autonomia e a flexibilidade dentro da organização não podem ser apenas teóricas; elas precisam ser traduzidas em práticas reais que apoiem a saúde mental dos líderes e das equipes. Mariana afirmou que “a empresa precisa prover esses espaços de autonomia, de flexibilidade […] Isso precisa estar dentro da cultura, não dá para estar só na teoria”.  

Garantir que os líderes tenham flexibilidade sobre suas rotinas e horários de trabalho ajuda a reduzir a pressão e permite uma melhor gestão do tempo e das prioridades. Além disso, proporcionar autonomia nas tomadas de decisão e nas formas de conduzir os projetos também contribui para um ambiente mais saudável e equilibrado.  

“A cultura é representada através de rituais, processos e comportamentos. Se você não muda, não trabalha essas ferramentas, rituais, processos, símbolos e comportamentos, você vai agravar os adoecimentos em todas as pessoas, não só nas lideranças. Nas lideranças isso fica ainda mais intenso em algum nível, porque esses líderes são os representantes da cultura.” – Mariana Holanda

Ferramentas e recursos adequados  

Outro ponto essencial é fornecer os recursos e as ferramentas necessárias para o desenvolvimento e o bem-estar dos líderes. Mariana destaca que as empresas devem dar ferramentas e recursos para desenvolver pessoas. Isso inclui treinamentos, programas de desenvolvimento pessoal e suporte para que os líderes possam se desenvolver continuamente.   

O investimento no crescimento e no bem-estar dos líderes não é apenas uma medida para prevenir o Burnout, mas também um fator que impacta diretamente na qualidade da liderança e na produtividade da equipe.  

Desenvolvimento pessoal contínuo  

O desenvolvimento pessoal contínuo é uma responsabilidade compartilhada entre o indivíduo e a empresa. Conforme explica Mariana, “o desenvolvimento pessoal, individual, em termos de inteligência emocional, é insubstituível”.  

Cabe ao líder buscar práticas de autodesenvolvimento que fortaleçam suas competências emocionais e sua resiliência. Da mesma forma, a empresa deve incentivar e valorizar essas práticas, oferecendo oportunidades para que os líderes se desenvolvam e promovam seu autoconhecimento.  

Sintomas de Burnout em Lideranças  

Entre os principais sintomas do Burnout em lideranças estão a despersonalização e o afastamento, que podem ocorrer tanto de forma física quanto psicológica em relação às atividades diárias. Isso significa que o líder, em um estado de exaustão, começa a se isolar dos demais, perdendo o interesse e a motivação pelo trabalho.  

Mariana destaca que o Burnout envolve “isolamento social, variação de humor, irritabilidade, pouca inteligência emocional, choros constantes, perda de memória e sintomas depressivos”. Ela ainda menciona que, em casos extremos, é possível chegar a um estado de “paralisação”, onde o indivíduo perde totalmente a capacidade de ação.  

Esses sintomas não afetam apenas o líder, eles têm impacto direto em sua equipe. A queda na produtividade, o aumento de conflitos internos e a diminuição da coesão e da confiança são consequências inevitáveis quando um líder está à beira do esgotamento. Por isso, reconhecer e agir sobre os sinais de Burnout é fundamental para a saúde de toda a organização.  

Defina estratégias para combater o Burnout em lideranças 

O Burnout em lideranças precisa ser combatido com urgência, por isso, entender seus sinais e formas de prevenção é essencial. Quer tornar o ambiente de sua empresa psicologicamente seguro? Saiba mais a Aceleração de RHs da Koru 

Na Aceleração, você aprende todas as ferramentas e técnicas necessárias para tornar o ambiente mais acolhedor. Mariana Holanda, especialista em saúde integral e facilitadora internacional de Segurança Psicológica de Times é uma das professoras da Aceleração. Conheça mais sobre o Programa! 

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