Imagina um mundo com chances para quem tem disposição, não importando a cor da pele, as condições do corpo, a religião que se professa ou o lugar de onde se vem. Nesse mundo, a única regra é não prejudicar a existência alheia, seja qual tipo for. Do mais, oportunidades, desenvolvimento e bem-estar seriam partilhados por todas pessoas. Imaginou?
Infelizmente, esse não é o mundo em que vivemos. Mas nós, weme, acreditamos na construção dele. Acreditamos que podemos ter pessoas vivendo bem, e não só sobrevivendo por aí. E um dos maiores empoderadores que existem é o trabalho.
Somos uma consultoria de design e inovação centrada em pessoas e, por isso, acreditamos que a construção desse mundo é possível.
Cada qual é diferente
Para contextualizar, as diferenças entre os três termos:
- Diversidade; embora muita gente pense que se trata de pluralidade racial e orientação sexual, a diversidade engloba muito mais aspectos do que estes dois: idade, gênero, nacionalidade, religião, estado civil, aparência física, idioma e sotaque, deficiências, além de aspectos socioeconômicos, étnicos, educacionais.
- Equidade: diz respeito à maneira respeitosa de se tratar todas as pessoas, é sobre equiparar acessos e oportunidades.
- Inclusão: é considerar que cada pessoa pode ter diferentes necessidades para ser acolhida; de aparatos para receber pessoas deficientes, até um cuidado com vocabulário antirracista, por exemplo; é sobre paramentar o ambiente (virtual, presencial, seja qual for) para que todas as pessoas possam adentrar.
As organizações podem e devem trabalhar por diversidade, equidade e inclusão
Se o trabalho dignifica e empodera, pois através desse fazer é que conseguimos tangibilizar moradia, alimentação, saúde e lazer, nada mais justo que quem pode ofertar trabalho para a sociedade se oriente por esses três pilares.
A conversa sobre diversidade é relativamente recente – para quem não faz parte de grupos marginalizados e/ou invisibilizados, soa quase como algo que está na moda. Mas na verdade, a discussão sobre ações afirmativas se inicia com o processo de descolonização, que não é simples e nem rápido. A colonização, bem como a escravização e outras formas de subjugar povos, causou feridas tão profundas que culminam em uma dívida histórica.
Não vamos nos aprofundar nesse assunto, mas é importante entender que essas temáticas não são modismos e, sim, problemas que precisam ser resolvidos para que possamos viver naquele mundo que imaginamos no início do texto. Um mundo com uma sociedade melhor e mais justa.
Por onde começar?
Não sabíamos ao certo, mas, de alguma forma, sabíamos da importância do tema. A weme é uma empresa de design. E o design, por sua vez, é sobre colocar as pessoas no centro. Nem sempre é o que praticam por aí, mas este é o cerne de todo e qualquer processo da weme.
Se sempre colocamos nossa atenção em pessoas, que são chamadas comumente de “usuários” nos processos de design, pensar em diversidade acaba sendo uma consequência até meio óbvia. Questionamentos sobre como, quem, onde as pessoas usam, fazem, criam; sobre o que elas querem, precisam, desejam. Questionar é praxe, foi assim que entendemos que o tema precisava ser melhor trabalhado e escalado dentro da empresa.
Então, começamos do começo, simplesmente: olhamos para dentro de casa, cada rostinho wemer, como são as nossas pessoas, como se sentem em nosso ambiente. Começamos a analisar como estávamos e, então, paramos para pensar sobre o que poderíamos fazer.
Ok. Mas o que a weme faz em Diversidade, Equidade e Inclusão, na prática?
Depois de entender como estávamos e deixar a casa em ordem, começamos novas práticas e ações. Diversidade, Equidade e Inclusão viraram prioridade estratégica, entraram para nossas metas anuais com a mesma importância de outras, como faturamento, margem bruta, NPS, entre outras.
E nós, designers que somos, sempre estamos iterando tudo o que fazemos, e entendemos que este é um processo contínuo, sem um ponto de chegada e com muitos níveis para avançar:
- Criamos uma squad dedicada e rotativa, com pessoas interessadas no tema, que dedicam parte do seu tempo para criar ações e analisar periodicamente a conjuntura da empresa nesse sentido.
- Contratamos especialistas, é claro; por isso, Caio Zaio passou a fazer parte dos processos de DE&I, nome homônimo ao da squad.
- Criamos um censo de DE&I, para extrair dados, definir indicadores e trabalhar estrategicamente para as melhorias.
- Definimos indicadores críticos para evoluir com métricas tangíveis e amenizar discrepâncias, através de contratações que sigam princípios de DE&I.
- Reformamos todo o processo de R&S (recrutamento e seleção) por meio de uma blueprint, para identificar melhor as pessoas que chegam, facilitar o acesso de outras e acolher cada chegada da melhor forma possível.
- Cocriamos um manifesto para mostrar para o mercado que nos comprometemos seriamente com o tema.
- Alteramos nosso tom & voz no processo de rebranding que estamos criando, trazendo uma linguagem simples, neutra e que busca eliminar expressões racistas, machistas, capacitistas do vocabulário da marca.
- Criamos um índice de prontidão para temas de DE&I, que identifica o quanto wemers se sentem confortáveis para falar de diversos assuntos do tema, bem como a respeito da própria experiência na empresa a respeito disso.
- Estamos preparando a primeira atividade de letramento, que será uma solução gamificada, para trazer referências de conteúdos do tema e, a partir disso, capacitar wemers para um quiz sobre os assuntos de DE&I.
Além disso tudo, nos comprometemos de fato a evoluir o tema em todos os aspectos que pudermos, de acordo com a estratégia da empresa.
Diversidade, Equidade e Inclusão definitivamente são práticas que passaram a fazer parte dos pontos de atenção da weme. E agora, com a chegada do Caio Zaio e da Escola Korú – uma aceleradora de pessoas – passamos a dar passos mais firmes para construir aquele mundo melhor, que tanto acreditamos.
A Korú, assim como nós, acredita que uma sociedade melhor nasce por meio do acesso sem barreiras à educação e com oportunidades mais igualitárias, para todas as pessoas.
A diversidade facilita a criação de espaços mais colaborativos, criativos e inteligentes
É comprovado que a pluralidade entre pessoas, considerando as inúmeras possibilidades de cada ser, resulta em ambientes onde as chances de solucionar problemas é maior porque há mais pontos de vista, por exemplo.
A convivência com pessoas diferentes nos leva a novas possibilidades, a conhecer outras culturas, descobrir novos caminhos em carreira, amizades e, até, em interesses pessoais, como novos hobbies.
Com liberdade para explorar e autonomia para arriscar – ferramentas para que a inovação floresça -, como reforça a Escola Korú, em seus valores.
Integrar as pessoas de maneira digna e verdadeira, portanto, nos aproxima cada vez mais daquele mundo que sonhamos.