Segundo uma pesquisa do National Center for Biotechnological Information, o intervalo de atenção humana médio caiu de 12 segundos, em 2000, para 8 segundos, em 2013, em virtude do excesso de conteúdos a que passamos a ter o acesso com a transformação digital.
Se pensarmos que esse processo, especialmente após a pandemia de COVID-19, só se intensificou, não é difícil concluir que a atenção do consumidor se tornou um ativo dos mais raros nos dias atuais.
Se antes da transformação digital víamos a comunicação, competição e confiança dos consumidores se operarem de forma vertical, já que as grandes multinacionais, especialistas e campanhas de marketing tinham enorme poder de convencimento, hoje, é necessário que as empresas repensem a sua interação com o mercado de forma horizontal.
Com a inclusão digital, as restrições logísticas já não separam grandes multinacionais de marcas de nicho de baixo volume e já não temos consumidores passivos, que são facilmente convencidos por grandes campanhas de marketing ou especialistas.
Estamos vivendo a era do orgânico, das comunidades, das buscas, do compartilhamento, enfim, do social, em que consumidores não devem mais ser vistos como alvos, mas, sim, como parceiros da marca. Parceiros que, se bem aproveitados, podem fornecer feedbacks valiosos para o crescimento e sustentabilidade do negócio, além de atuarem como uma mídia espontânea.
As empresas devem entender que as suas ofertas não são mais vias de mão única, mas diálogos, e que devem ser honestas e abertas ao aprendizado se quiserem criar relações efetivas e, através delas, conquistar a atenção e confiança de novos consumidores.
Com toda essa mudança de comportamento do mercado e dos consumidores, aliada ao enorme fluxo de informações a que temos disposição através das interações na internet, o marketing digital para as empresas já não é mais só uma questão de “quem não é visto, não é lembrado”, como uma vitrine, mas, sim, uma questão de necessidade.
Por quais motivos?
- Permite orientar o seu negócio com base em personas
Se antes algumas empresas criavam produtos e buscavam se comunicar ou com todo tipo de público ou com aquele que idealizavam que fosse o seu público, com o marketing digital se tornou possível rastrear quem, de fato, são esses consumidores e entender melhor os seus comportamentos, incômodos e preferências.
Com base nesses dados reais sobre comportamentos e dados demográficos de seus clientes, as marcas puderam desenhar perfis semifictícios que representam os seus consumidores ideais, ou seja, as suas personas. Dando a elas caracterização específica, como nome, idade, região, profissão e hábitos que sejam relevantes para aquele negócio.
Válido ressaltar que a caracterização dessas personas criadas pela marca não é aleatória, mas, sim, resultado de uma síntese dos dados dos clientes. Também não se restringe a personas pessoas físicas, mas vale para a caracterização das personas pessoas jurídicas, se forem estas as clientes de uma marca.
Sendo assim, a persona será uma personagem semifictícia, com caracterização suficiente e necessária para que a empresa consiga tangibilizar o seu consumidor ideal e desenhar o seu modelo de negócios a partir dele.
Certo, mas qual a relevância disso para a empresa?
Com a construção de personas, as empresas otimizam os seus recursos (de tempo e dinheiro) porque:
- conseguem entender incômodos, necessidades e motivações dos seus consumidores ideais, reconhecendo oportunidades de atuação a partir disso;
- entendem, dentro das suas possibilidades, o que vale a pena desenvolver ou não;
- identificam de que maneira as pessoas consomem e posicionam a sua marca; e
- identificam quais os melhores canais, tipos de relacionamento e momentos da jornada para travar contato com esse potencial cliente.
Através disso, as empresas podem investir de forma mais orientada e com muito mais chances de retorno sobre as suas ações.
- Possibilita mensurar o resultado das suas ações
Pesquisar referências e observar organicamente os clientes são ótimos pontos de partida para ações de marketing, mas de nada adiantam se não pudermos medir o resultado dessas ações e compreender se elas realmente fazem sentido para o nosso dia a dia empresarial.
Nesse contexto, o grande trunfo do marketing digital é a possibilidade de analisar o retorno de cada ação em tempo real, como, por exemplo, analisar qual ação foi responsável por direcionar os clientes ao site para realizar compras para, então, priorizá-la em detrimento das demais.
E, desta forma, identificando falhas e pontos de melhoria rapidamente, as empresas conseguem priorizar canais, relacionamentos, parceiros, ações, nichos de público e produtos que performam melhor dentro do seu negócio e, assim, economizar os seus recursos, otimizando os seus resultados.
- Potencializa a atuação da sua empresa
O marketing digital, através das suas ferramentas e possibilidades, torna possível a empresas menores competir e até superar multinacionais, com baixo investimento, desde que façam uso de estratégias bem direcionadas.
Mas como é possível fazer isso?
Compreendendo dados sobre o seu público, os seus interesses, queixas e comportamentos, uma empresa consegue ter insights de quais produtos ou serviços criar ou como melhorá-los.
Além disso, ainda consegue entender quais canais, precificação e que formato de comunicação fazem sentido para este público, de modo que não precisa apostar o seu dinheiro em todas as estratégias possíveis para ver se, pelo menos, alguma delas performa.
E, acertando esse formato, ainda é possível para a empresa expandir o seu campo de atuação, encontrando o público que se identifica com a sua oferta pelo mundo todo.
Como empresas, precisamos ter em vista que nem sempre é vantagem falar com o maior número possível de clientes se estes não forem os clientes certos.
A verdadeira estratégia reside em entender quem são os clientes certos e como conquistar a sua atenção e a sua confiança de forma efetiva. Desenhando, a partir disso, um modelo de negócios que faça sentido para escalar.
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Assim, o marketing digital desempenha um papel necessário não só para expandir a visibilidade de uma marca, mas para a sua existência.
Todas as empresas que querem se tornar mais competitivas e conhecidas precisam de um profissional de marketing digital para estabelecer sua presença online, se comunicar com seu público e gerar resultados em vendas.
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